terça-feira, 2 de julho de 2013

8ª Marcha do Orgulho LGBT do Porto


A oitava marcha do orgulho LGBT do Porto terá lugar no próximo sábado, dia 6 de Julho. O ponto de encontro será às 15h30 na Praça da República.
Mais informações e o manifesto da edição deste ano no site oficial.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Contributo: Opus Gay

A OPUS GAY E A 14ª MARCHA DO ORGULHO - LISBOA

A Opus Gay (Obra Gay Associação) tem vindo a fazer ativismo em prol da população LGBT e tem, inclusivamente, contribuído para que as poucas conquistas se tenham efetivado e tornado, assim, realidade e, dentre elas destacam-se o casamento entre casais do mesmo sexo, o processo da mudanças de sexo e do nome próprio no Registo Civil, e mais recentemente a coadoção. 

O ideal, no âmbito do nosso trabalho de fundo, é fazer trabalho em rede em todos os momentos,  pois só dessa forma as instituições da sociedade civil que se dedicam a estas minorias sexuais têm mais peso junto dos responsáveis pelas tomadas de decisão neste país.

É por esse motivo que apoiamos a realização da Marcha do Orgulho 2013, que se vai realizar a 22 de junho, sábado, e que vai já na sua 14ª Edição.

Estas Marchas não são lúdicas, mas são-no também. O que elas são é a afirmação da cidadania por  umas poucas horas, no espaço público, pelas minorias que habitam a cidade, porque durante o resto do ano todo a urbe é ocupada orgulhosamente pela heterossexualidade e pelo heterossexismo que pouco espaço deixa à cidadania dos demais. 

Por isso, na Opus Gay pensamos que nos devemos solidarizar com todas as lutas dos LGBT e, simultaneamente, entrosarmo-nos em todas as outras lutas sociais que atravessam a sociedade portuguesa, tendo em conta a atual conjuntura que se nos afigura extremamente difícil a diversos níveis.

DIREÇÃO DA OPUS GAY

Contributo: Clube Safo

O Clube Safo acredita que a sua participação na 14ª Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, cujo tema é o “Arco-íris contra a crise”, tem o objectivo colectivo do movimento LGBT, vir às ruas lisboetas reclamar, também, uma maior visibilidade das mulheres lésbicas e lutar por mais direitos no caminho da igualdade e combater o aumento das desigualdades a que os mercados financeiros votaram todos e todas nos últimos anos

Pode uma lésbica em 2013 lutar somente pela procriação medicamente assistida, pela co e adopção plena e ignorar a crise que o neo-liberalismo impõe? Nós afirmamos que não.

Para além de reclamar o direito a ser e ter orgulho de uma identidade lésbica, a mulher lés tem, também, que enfrentar todos os dias a luta pelo seu salário e posto de trabalho.

As lutas contra o neoliberalismo e as políticas de austeridade são também as nossas lutas e nelas continuaremos a participar. Pertencemos a uma enorme maioria em busca de mais justiça e duma vida digna e pacífica.

No dia a dia, a lésbica, como todas as mulheres, sofre uma pressão para cumprir os papéis sociais que o patriarcado lhe tenta impor, o dever da reprodução e de cuidadora, reduzindo-as a isso mesmo, unidades de produção e preservação de mão de obra. Tentando diminuí-las, segregando quando não pretendem encarnar, somente, esses papeis tradicionais.

O Clube Safo crê que ser lésbica em 2013 é também lutar pelo direito a uma vida digna e reclamar a escolha em ser ou não, um elemento de reprodução humana.


Reclamamos, por fim, o direito à vivência de uma sexualidade livre, diversa e encarada positivamente. Livre de preconceitos e de imposições sociais e hetero-normativas.


Clube Safo

Contributo: Paulo Monteiro

Estarei presente porque esta marcha é uma marcha pelos Direitos Humanos, é uma marcha que celebra a Diversidade e que, ao mesmo tempo, não deixa esquecer as atrocidades provocadas pela discriminação dos que não respeitaram no passado e ainda não respeitam, em pleno século XXI, a orientação sexual e identidade de género dos seus pares. 
Agora que tanto se fala da Grécia, partilho um provérbio grego que se aplica àqueles que buscam a mudança e melhorar o status quo: "Começar é metade de toda a acção". Estamos sempre a tempo de actuar contra a discriminação, basta começar. Porque não já este Sábado?

Paulo Monteiro,
31 anos
Director do site de notícias LGBT dezanove
 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Contributo: Exército de Dumbledore

A revolução será queer ou não será. Somos todxs corpos, pessoas, animais, pokemon, dragões, feiticeir*s e elfos domésticos e junt@s faremos a revolução! Vestidas ou despidas, pretas ou mulatas, com varinhas ou choques trovão saímos para dizer que queremos abolir a crise e a austeridade do nosso vocabulário. Que desprezamos o capitalismo e a mercantilização do ser e, mais do que isso, que o fazemos com insufláveis e ao som de David Bowie. Queremos mudar a língua e visibilizar *s ainda invisíveis: *s piratas do género, *s transtornad*s, os transespecistas, os corpos estranhos e, por isso, ainda mais bonitos, *s que não têm vontade de fazer sexo, mas nem por isso serão púdicos, mas principalmente, *s que, com austeridade, nem mais um dia aguentam. Queremos que a toda gente seja reconhecida a identificação com géneros nunca antes pensados, ou já reinventados, com uma cenoura ou um triceratops.

Esta marcha, mais do que caminhar do Príncipe Real à Praça da Figueira, é a demonstração das identidades múltiplas (de número tão vasto como o número de consciências que estão agarradas pela gravidade ao mundo) que somos, que fomos e que seremos. Seremos, mesmo quando não tivermos direito a ser. Que não nos resumimos a multidões que gostam de fazer “desfiles-de-plumas” uma vez por ano, mas que também o somos. Que acreditamos no amanhã de Taksym, de S. Paulo, do Rio de Janeiro, de Atenas e de todos os que se juntarem. A luta pelo que defendemos não se esgota neste dia. 

Largando os preconceitos fufa-traveca-paneleiro, reivindicamos a calçada como sendo nossa e de ninguém ao mesmo tempo, como sendo o palco da revolução que queremos. Uma revolução de todas as cores, com espaço para todxs, sem opressões nem repressões. Não teremos medo de querer usar strap-on 24h por dia, de deixar crescer pêlos-em-quem-for, mesmo que a barba venha de mini-saia. Que os bears usem as suas barrigas para deitar abaixo o governo, as mulheres as suas barbas, e as personagens de hentai os seus tentáculos! Este sistema esqueceu-nos e nós não o esqueceremos. Encontremos em cada assexual, em cada camiona, em cada drag queen ou king um ser que merece respeito. Excepto se for o Cavaco Silva, o Belmiro de Azevedo ou o Jerónimo Martins, esses não merecem nada. 

Revolucionemos o mundo com orgasmos, e revolucionemos os orgasmos com varinhas mágicas, livros e chocolates não-comerciais ao fim da tarde. Misturemos identidades, sexualizemos o moralismo e assexualizemos a objetificação! A revolução (a)sexual chegou, e todxs xs animais, human@s, elfos doméstic@s, muggles, feiticeiras, avestruzes e tapetes voadores estão prontas para se juntar a ela! 

Esta é também a nossa revolução. É o momento de dizer que nós queremos mais do que casamentos e co-adopções. Exigimos uma sociedade na qual o sexo seja trabalho legalizado e reconhecido, queremos dissipar o convencionalismo da língua sexista e da hetero/homonormatividade. Queremos uma sociedade anticapitalista e não desistimos da utopia. Somos uma floresta de revoltas.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Contributo: GAT


Os contextos de crise tendem a ser propícios ao ressurgimento de preconceitos e discriminações. São também estas as alturas de cortes nos serviços de saúde e apoio social, deixando ainda mais desprotegidas as populações mais vulneráveis e as minorias. A comunidade LGBT não é exceção. Foi este o grupo que no passado liderou e implementou as primeiras campanhas de prevenção do VIH e se organizou para financiar a investigação e para forçar a disponibilização de tratamentos eficazes para o tratamento do VIH. É importante que, nesta época de crise, continue a ter um papel ativo nas políticas relacionadas com o VIH, a prevenção, os tratamentos e o estigma em relação a pessoas que vivem com o VIH.

Em Portugal os homens que têm sexo com homens são uma das populações mais afetadas pelo VIH. Embora tenham geralmente relações sexuais mais seguras (usam mais o preservativo do que a população em geral), os homens que têm sexo com homens são uma comunidade de dimensões reduzidas e, como tal, o vírus propaga-se com maior rapidez. Além disso, o sexo anal comporta maiores riscos que outras que outras práticas sexuais. Em Portugal, o número de casos diagnosticados neste grupo aumentou 50% na última década e o número de diagnósticos na fase assintomática duplicou nesse período. Esta tendência para o crescimento da infeção não se observa noutros grupos e estima-se que uma em cada cinco pessoas não saibam ser portadoras do VIH.

Assim, torna-se urgente a defesa do acesso universal à informação sobre métodos de prevenção da infeção pelo VIH, ao diagnóstico precoce, aos tratamento e serviços de apoio feitos para responder às necessidades dos homens que têm sexo com homens e das mulheres trans. A par disto, importa garantir também a existência de respostas adequadas à situação dos migrantes, às pessoas que usam drogas, aos reclusos e trabalhadores do sexo, não esquecendo nunca que as orientações sexuais e as identidades de género não-normativas são transversais a toda a sociedade, que as opressões se sobrepõem e afetam sobretudo as mulheres (cisgéneras e trans), as pessoas que vivem com o VIH e minorias sexuais em geral.

Saímos à rua no sábado por saber que é necessário resolver a inadequação das estruturas de saúde em relação à população homo, bi e trans. Parte da população LGBT afasta-se dos cuidados médicos por receio de discriminação e/ou por não sentirem as suas necessidades reconhecidas. A expressão da orientação sexual e identidade de género dos utentes é essencial para uma boa avaliação das suas necessidades ao nível da saúde sexual. 

Contributo: Associação de Estudantes do ISCTE-IUL

O meio académico caracteriza-se por ser um contexto de debate, produção e partilha de conhecimento, liberdade de escolha e consequente emancipação dos seus elementos, porém a democracia nunca é completa sem a total liberdade de escolha e a academia é também um espaço de reprodução das normas sociais vigentes na qual a discriminação sexual não é exceção, nomeadamente nas práticas alternativas ao modelo social padronizado.
 
Esta discriminação materializa-se nos comportamentos quotidianos, expressões como “bicha” ou “maricas” são comuns e utilizados como via para a penalização ou desvalorização. Este principio encontra-se tão estruturado no meio académico que dificilmente encontraremos um casal homossexual com a mesma liberdade que um casal heterossexual, existindo casos de estudantes que não assumem a sua orientação sexual no espaço da universidade com medo de represálias. Esta prática atinge o seu auge em momentos de confronto com outros espaços académicos, associados maioritariamente a cânticos e músicas pautadas pelo sexismo e pelo preconceito.

A Associação de Estudantes do ISCTE-IUL representa a totalidade dos seus estudantes, pautando a sua atividade pelos valores da igualdade, democracia e liberdade, considerando a diferença um dos princípios centrais da sua estrutura. Assumimos o compromisso de combater qualquer forma de discriminação ou penalização de estudantes em consequência de escolhas e orientações individuais e existimos para construir um espaço inclusivo e democrático em que a liberdade e o direito de escolha sejam valores centrais para a comunidade académica.

A Associação de Estudantes do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa está solidária com a Marcha LGBT de Lisboa, vinculando o seu apoio à mesma no próximo dia 22 de Junho.


terça-feira, 18 de junho de 2013

Contributo: Precários Inflexíveis

Aproxima-se mais uma Marcha LGBT, já no próximo Sábado 22 de Junho (17h Príncipe Real), é o momento político de reivindicação de direitos, de reivindicação de vidas, de reivindicação de uma visibilidade e de um orgulho de sobreviver e resistir todos os dias a ataques explícitos de Transfobia, Lesbofobia, Homofobia, Queerfobia. Isto simplesmente porque não nos escondemos, porque não nos encerramos em identidades rígidas e sem sentido, porque fazemos questão de destruir, desconstruir e inventar novos géneros, porque não limitamos o desejo e porque reinventamos todos os dias os nossos corpos.


O mote da Marcha LGBT este ano como não podia deixar de ser é: Arco-Íris contra a crise. Porque esta capa que nos venderam da "inevitabilidade da crise" e consequentemente a "inevitabilidade das medidas de austeridade" que todos os direitos permite que sejam atropelados afecta-nos a todos e precariza ainda mais quem já de si sustentava um equilíbrio frágil nesta sociedade discriminatória.

O trabalho cada vez vale menos e torna-se a prioridade das nossas vidas sobreviver, tudo o resto é luxo e acessório. Viver é muito mais que sobreviver. Precarizam-se eternamente as nossas vidas. Precarizam-se projectos, famílias, amores e amizades. Precariza-se a luta, o activismo e a possibilidade de caminho conjuntos com reivindicações comuns.

Ignorar esta realidade é viver alienado sobre o que se passa à nossa volta, é ignorar os tiros que se dão nos pés e cuja recuperação é lenta e dolorosa. Porque embora muito importante nem só de adopção, coadopção  e casamento vive um indivíduo.

Mesmo no meio da ofensiva silenciosa mais violenta e destrutiva não podemos baixar os braços e vamos buscar forças a Taksim, Gezi e por toda a Turquia, São Paulo, Rio de Janeiro e por todo o Brasil, Atenas e por toda a Grécia e em todos os lugares onde alguém lute pelos seus direitos. Eles lutam por nós e nós lutamos com eles. Pela Nossa luta, pelos nossos direitos, pelas nossas vidas vamos juntar as nossas vozes à Marcha LGBT! Aparece e Indigna-te!

Precários Inflexíveis 

Contributo: Razões para ir à marcha

1 - Porque vivemos num mundo que - independentemente dos avanços políticos que se façam - continua a ser terrivelmente homofóbico e transfóbico onde a mentalidade popular ainda é a de que as pessoas queer são "seres estranhos" com vidas sexuais ainda mais estranhas e que deus-os-livre de quererem ter filhos!

E se tínhamos alguma dúvida de que a homofobia estava viva e de boa saúde, este último mês e as posições de ignorância que foram tomadas por figuras públicas relativamente à lei da co-adopção, só desmistificaram isso mesmo; continua-se a negar a ciência para se dar lugar a medos e preconceitos que só oprimem e propagam mentiras.

Marcha, porque somos de facto boas mães e pais, caríssimos ignorantes. Existimos com orgulho de não baixarmos a cabeça quando nos dizem que 'só queremos criançinhas para cumprir joguinhos de satisfação pessoais manhosos' quando somos famílias, tão capazes como quaisquer outras, cheias de amor e carinho para dar.

2 - E porque mesmo que não sejamos mães e pais (embora sejamos filhas e filhos), somos indivíduos que precisam e merecem celebrar a sua individualidade num mundo que só nos mostra modelos cisgéneros heteronormativos de amores e de histórias de pessoas que não nos representam. Um mundo onde a violência contra pessoas LGBTQ ainda é a regra e onde a conquista de direitos humanos tanto acelera como desacelera (Rússia!, Hungria!). Um mundo onde activistas ainda são espancados e mortos em plena Europa ocidental só pelo simples facto de existirem (França!).

Porque a violência homo/transfóbica é real e nunca é demais relembrar isso.

3 - Porque, como tão bem sabemos, em alturas de acrescidas dificuldades os que em primeiro lugar ficam à mercê da insegurança são os grupos vulneráveis como o nosso. Porque todos nós conhecemos casos de pessoas que continuam no armário porque se soubesse que eram queer perdiam o emprego / o apoio das suas famílias e isso é algo que não conseguem suportar; por razões emocionais mas também por razões económicas/sociais de vivência practica, bem-estar logístico e independência.

4 - Porque este orgulho que temos não é como o dos "outros". A lógica mantém-se e precisa-se ainda de orgulho em oposição à vergonha e ao silêncio. E não, continua a não ser o mesmo que "orgulho hetero" ou "orgulho branco" de pessoas privilegiadas que nunca sentiram vulnerabilidade proveniente de terem uma identidade de género/sexualidade incompatível com o status quo.

5 -  Porque é importante (essencial) celebrar a diversidade de tod@s, e relembrar que formas alternativas de viver, de existir e de nos expressarmos só podem ser coisas boas. Desconstruir o binarismo de género e a construção fechada, limitativa e tradicional "do homem" e "da mulher" é urgente. Formas não inclusivas de falar e ver o género apenas nos prendem em caixas que nos limitam a forma de ver e de interagir com o mundo; coisa que que em última instância justifica o silêncio, a opressão e violência para com todos aqueles que têm uma forma de se expressar menos "tradicional".

Porque a visibilidade trans* também é um caminho para a igualdade de género e para a desconstrução da
homofobia. E porque este grupo ainda é o grupo mais vulnerável e o mais sujeito a constante violência.

6 -  E, finalmente, porque a marcha é também uma festa. Uma festa cheia de cores, força e entusiasmo. Uma prova viva de felicidade e comunidade. Uma festa de pessoas que vivem por resistir e resistem por viver. 

Porque uma vida feliz e plena é uma vida corajosa e aberta. E porque "se não posso dançar, esta não é a minha revolução" (Emma Goldman)

Somos as cores todas do arco-íris e andamos ao sol de mãos dadas e braços abertos. E neste sábado queremos andar de mãos dadas e braços abertos contigo.
 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Festa de encerramento da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa

A 14ª marcha do orgulho LGBT acontece já neste sábado. Partilha o evento de facebook e convida os teus amigos, para sermos cada vez mais a trazer o orgulho e a visibilidade às ruas de Lisboa.

Mas, e à semelhança de anos anteriores, a animação não termina na Praça da Figueira com a leitura das intervenções finais. A partir da meia noite estaremos na discoteca Ponto G (Rua da Madalena, número 106) na festa de encerramento da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa. Será uma noite com muita animação e música a cargo dos DJ Ketzal e Skill D. O evento de facebook encontra-se disponível aqui.

Existirá uma guest-list com entrada gratuita até às 2h. Para te inscreveres na guest tens apenas de enviar um email para marchalgbt@gmail.com com o assunto "Guest list" (será enviado um email de confirmação a cada pessoa inscrita). 

Esta é uma festa de encerramento da Marcha mas também uma forma de angariação de fundos que nos permitirá pagar as despesas inerentes à organização. Por cada pessoa inscrita na guest list que aparecer de facto na festa a Comissão Organizadora receberá 0,50€, pelo que te pedimos que te inscrevas apenas se tiveres certeza que irás comparecer.

Quem não estiver inscrito na guest-list (ou entrar depois das 2h) pagará 5€ à entrada com direito a bebida (2 imperiais ou 2 sumos ou 2 águas ou 2 shots ou 1 bebida branca). 

Vens dançar connosco?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Contributo: não te prives

O reconhecimento de uma variedade de orientações sexuais e relacionais, com identidades de género diversas, é o caminho para uma sociedade mais justa, porque inclusiva. Esse tem sido o caminho jurídico que Portugal, na esteira de outros países, tem seguido. Mas sabemos que a transformação cultural – a igualdade de facto – é um processo muito lento e porventura mais escorregadio. A coexistência de leis justas e atitudes discriminatórias sucede porque o preconceito se reproduz, tentacular, com a cumplicidade individual e institucional proveniente de muitos lugares quotidianos. Por isso importa resistir à tentação da acomodação, não desperdiçando oportunidades públicas de intervenção social.

A não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais co-organiza a Marcha do Orgulho LGBT em Lisboa desde 2002 porque acreditamos no poder da acção colectiva. Conhecemos os rostos de quem empurra o armário, o desarruma, remove prateleiras até finalmente sair dele. Queremos celebrá-lo, assim como queremos celebrar o progresso jurídico, político e social de um Portugal democrático. Mas conhecemos também os rostos das pessoas que sofrem violência, que vivem escondidas, que estão no desemprego, que foram rejeitadas pela família biológica ou cujas famílias de facto o Estado tarda em reconhecer. Queremos denunciá-lo e dizer a todos/as que estamos aqui, não baixamos os braços nem o volume do megafone neste grito de indignação e exigência: nem menos, nem mais, direitos iguais!

Este ano mais do que nunca sair à rua é também uma afirmação clara de que a luta pelos direitos humanos e pelos direitos sexuais só se faz na concomitante luta pela defesa do Estado Social, no combate à austeridade sem fim, e pela afirmação de uma sociedade mais justa e igualitária.

não te prives

terça-feira, 11 de junho de 2013

Contributo: ILGA Portugal

Num ano marcado pela aprovação parlamentar da coadoção em casais do mesmo sexo e pelo crescente apoio à candidatura a adoção por casais do mesmo sexo, marchamos uma vez mais pela visibilidade das pessoas LGBT e das suas famílias, sempre no plural. E continuaremos a marchar com cada vez mais força pelo igual reconhecimento das nossas realidades e projetos familiares - e pela proteção adequada das nossas crianças.

E no ano em que finalmente, e pela primeira vez, a identidade de género foi reconhecida na legislação portuguesa sobre crimes de ódio, marchamos contra o silêncio e contra o silenciamento de todas as formas de discriminação
contra as pessoas LGBT.

E continuaremos a marchar e a levantar a voz por legislação anti-discriminação abrangente e eficaz e por políticas de educação e de sensibilização que garantam que todos os serviços públicos sejam para todas as pessoas, 

Marchamos sempre com orgulho num arco-íris de pessoas e de famílias que é cada vez mais colorido e que sabe afirmar os nossos Direitos Humanos, em Portugal e no mundo. 

E continuaremos a marchar para celebrar o orgulho na igualdade que já conquistámos e a força que temos para continuar a conquistá-la. 
ilga-te a nós e vem marchar connosco!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Contributo: Grupo Transexual Portugal

É do conhecimento geral que, em tempos de crise, quem mais a sente são, regra geral, as minorias e grupos mais desfavorecidos. Com a presente crise a regra confirma-se. Assim, a juntar ao boicote feito pelos “especialistas” mais conservadores à lei de alteração de nome e sexo, que à revelia do espírito da lei só passam a declaração necessária para o efeito depois de terem dois relatórios de transexualidade, somam-se os casos em que as pessoas pura e simplesmente não têm o dinheiro necessário para proceder à respectiva alteração, desde que o o governo actual anulou a gratuidade do procedimento. Escusado será dizer que, simplesmente por o serem, as pessoas transexuais são das mais causticadas pelo flagelo do desemprego junto com os desempregados com idades a partir dos quarenta.

A juntar a isto, continua a intolerável intromissão da Ordem dos Médicos nos processos de transexualidade, com a autorização para as cirurgias, a ausência da Identidade de Género no Artº 13º da Constituição Portuguesa, as más avaliações por profissionais que, em vez de seguirem os standards internacionais, avaliam as pessoas de acordo com os seus próprios preconceitos, a demora nos processos originada muitas vezes por estes duvidosos critérios de avaliação e o desrespeito pelos seus pacientes, bem demonstrado pelo psicólogo Abel no Você na TV.


Mais razões haveriam para o efeito, mas estas já chegam bem para ilustrar a necessidade de união das pessoas trans e para o apelo à participação na Marcha do Orgulho de Lisboa 2013.


Para lutarmos pela gratuitidade do procedimento de alteração de nome e género.

Para lutarmos por uma lei integral e despatologizante de Identidade de Género.

Para lutarmos pela inclusão da Identidade de Género no Artº 13º da Constituição Portuguesa.

Para lutarmos contra a discriminação.

Para lutarmos pelos nossos direitos. 

terça-feira, 28 de maio de 2013

Contributo: Orgulho é resistência


Se Maria Cavaco Silva fosse um homem, José Policarpo vivesse numa relação afetiva e sexual simultaneamente com o responsável pela sacristia e a senhora da mercearia, se Marinho Pinto coadoptasse a criança do seu motorista ou Isilda Pegado tivesse um pénis, este país à beira do precipício austeritário, não seria muito diferente.

Mais colorido e tolerante, talvez. E isso não é pouco. Mas essencialmente Belmiro de Azevedo e Alexandre Soares do Santos poderiam continuar a pagar salários de miséria enquanto acumulam riquezas nos paraísos fiscais, a saúde pública poderia continuar a ser destruída em nome da oportunidade de negócios do BES e outros bancos, a escola pública a produzir desigualdades e modelos onde pobres ficam fora da democracia, as pessoas que trabalharam e descontaram toda a sua vida podiam continuar a ser roubadas nas suas reformas e a ser atiradas para limiares muito abaixo das linhas da dignidade.

Atingindo particularmente a população mais débil e desprotegida, a crise afeta todas as pessoas, desvaloriza o trabalho de cada um e de cada uma, transforma a vida numa lotaria onde se decide a sobrevivência. Atingindo particularmente a população LGBT, a crise impede o acesso a direitos formais, transforma políticas de igualdade em retóricas vazias, provoca o regresso aos armários de muitas pessoas que olham para o fim do mês e para as contas a pagar.

Por isso esta Marcha LGBT de Lisboa, tem o combate à crise e aos seus responsáveis no seu centro. Por isso vir para a rua no dia 22 de junho, é uma passo fundamental para a visibilidade de todos os direitos que faltam conquistar e a afirmação clara de que o capitalismo e a democracia formal que vivemos provaram que não servem como sistema. Não servem para a justiça social, não servem para a redistribuição da riqueza produzida, não servem para garantir igualdade de direitos entre orientações, identidades e proveniências de classe, não servem para garantir que o planeta e os seus recursos naturais são preservados para as gerações futuras.

Vir para a rua no próximo dia 22 de junho, em Lisboa, no dia 6 de julho no Porto, como aconteceu já a 17 de maio em Coimbra, ou como acontecerá ainda durante o verão em Ponta Delgada e Braga, em sintonia com as pessoas desalojadas pelos bancos no Estado Espanhol, as desempregadas na Grécia, as pensionistas em Portugal ou as mulheres de todo o mundo que combatem o patriarcado é o orgulho de uma resistência, hoje mais que nunca, necessária.

sábado, 25 de maio de 2013

Contributo: O PolyPortugal na Marcha do Orgulho LGBT Lisboa 2013

No reconhecimento de que a autonomia e a liberdade afectivas e sexuais integram vários elementos cruzados (sexo, género, etnia, forma corporal, orientação sexual, entre outros), o PolyPortugal apoia e participa na Marcha do Orgulho LGBT para reivindicar o fim das discriminações e das violências contra as vidas, os afectos e as sexualidades vistas como “diferentes”.

O heterossexismo contra o qual a Marcha luta é também parte da cultura que força a monogamia como único modo de vida digno de respeito. O PolyPortugal entende que as lutas não podem ser fragmentadas, porque também o problema não é fragmentado: machismo, (hetero)sexismo e mono-normatividade andam de mãos dadas e alimentam-se mutuamente. Se pessoas de diferentes credos, cores de pele, ou de sexos iguais, vêm hoje (parcialmente) reconhecido o seu direito a ter e viver as suas relações, isso aponta para uma mudança, cultural e pessoal, no significado de “amor” e de “relação”. Nada há de errado com a monogamia, ou com a heterossexualidade – os problemas surgem quando umas formas de vida implicam discriminação face a outras.

O PolyPortugal pretende juntar à luta pela igualdade de direitos a visibilidade para as questões da não-monogamia responsável e consensual, sem nunca esquecer o contributo e papel histórico que, por exemplo, as comunidades gay e leather tiveram para a criação de formas de estar eroticamente e sexualmente que vão para além dos ditames da monogamia.

E se a crise é um dos temas mobilizadores deste ano, olhemos então para formas de convívio, interajuda e sociabilidade que vão para além da família monogâmica heterossexual – olhemos para como amigxs, famílias (electivas ou não) e outras ligações humanas acabam a multiplicar os amores que temos, vemos e sentimos à nossa volta, criando apoio social e comunitário contra um Estado austeritário.

A Marcha do Orgulho LGBT é um lugar de diversidades, de pluralidades – de afectos diversos onde também o poliamor se inclui na luta pela igualdade social e pelo fim de modelos preferenciais de intimidade.

PolyPortugal 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Saímos à rua no dia 22 de Junho. Vens?


Já temos cartaz para a 14ª edição da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa! Agradecemos desde já à autora, a Helena Morais Soares, pelo seu trabalho.

O evento de facebook encontra-se aqui. Convida os teus amigos e partilha-o no teu mural, ajuda-nos a fazer chegar a marcha ao maior número de pessoas possível.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Marcha do Orgulho LGBT do Porto: contamos com tod@s para que cada vez mais contem connosco

A Marcha do Orgulho LGBT no Porto nasceu muito pelo bárbaro assassinato de uma transexual.

Gisberta Salce Júnior foi a inspiração, catalisadora, para realizar em 2006 a primeira Marcha do Orgulho LGBT no Porto. Uma realização que foi o concretizar de uma vontade sentida algum tempo, a vontade de dar à capital do norte uma marcha que embora se monitorize pela sigla LGBT engloba na sua organização e ação, vertentes diversas como a terceira idade, as mulheres, etnias e culturas.

Desde o inicio que trouxe a si partidos políticos que se revêem na sua luta por melhores condições sociais e no trato de respeito devido das e do cidadãos.

A Marcha do Orgulho LGBT no Porto conta por isso com a história de luta por convergências e consensos onde todas e todos são bem-vindos quando objectivam o bem comum.

Dia 6 de Julho 2013 é a data da MOP marcada de forma atempada para que tod@s possam organizar-se e estarem presentes nesta manifestação que nesta edição focará a austeridade que muitas e muitos de nós vivemos e sentimos, se não directamente, indirectamente, porque somos filhas e filhos de alguém, alguns de nós somos mães e pais de alguém, porque somos desempregados ou trabalhadores numa qualquer área profissional, e por tudo isso sentimos esta austeridade de forma desmedida.

Esse sentimento tem-nos levado a outras marchas como a do dia 2 de Março; 25 de Abril ou no  1º Maio, e por isso esperamos por todas e todos no dia 6 de Julho nas ruas do Porto, sobe o lema:

“Dão-nos luta ao corpo, nós damos o corpo à luta”

E antes do dia seis de Julho estaremos ao lado dos nossos amigos, da organização da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, para com eles Marcharmos lado a lado por uma causa que é comum, e da responsabilidade de tod@s.

Contamos com tod@s para que cada vez mais contem connosco.

Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho do Porto 

terça-feira, 14 de maio de 2013

IV Marcha Contra a Homofobia e Transfobia de Coimbra


Cidadania plena, ou não vale a pena
Manifesto da IV Marcha Contra a Homofobia e a Transfobia

Em 2013, 20 anos após a entrada em vigor do Tratado de Maastricht, assinala-se o Ano Europeu dos Cidadãos e das Cidadãs.
A PATH – Plataforma Anti Transfobia e Homofobia associa-se a esta celebração por via da exigência de uma cidadania plena, que contemple direitos invisíveis e silenciados em muitas das comemorações dominantes.
Por isso, neste 17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia, queremos falar de cidadania sexual.
A cidadania sexual consiste na promoção, implementação e reconhecimento dos direitos sexuais, incluindo o direito à família, ao prazer, à autodeterminação, à expressão afetiva, à informação, à saúde, à integridade e ao desenvolvimento pessoal.
O respeito por preceitos jurídicos fundamentais como o Princípio da Igualdade da Constituição da República Portuguesa ou a lei do casamento civil não é compatível com ausências gritantes na área da parentalidade, na educação sexual em meio escolar e na urgente despatologização da transsexualidade.
Em tempos de austeridade, em que a precariedade económica é diretamente proporcional à vulnerabilidade social, acrescem riscos de retrocesso conservador que visam responsabilizar as vítimas e desresponsabilizar o Estado. Direitos conquistados não podem ser saqueados. Por isso, rejeitamos todas a formas de menorização, opressão e exclusão das pessoas com base no género, identidade de género, orientação sexual ou relacional.
Entendemos que a luta por uma cidadania sexual plena dignifica a cidadania de uma forma transversal. Por isso, esta é também uma Marcha pelo direito ao trabalho sexual com dignidade, pelo acesso gratuito a cuidados de saúde sexual e reprodutiva, pela responsabilização e formação de agentes educativos, forças de segurança e profissionais de saúde na luta contra o bullying, pelo fim da violência doméstica e da violência sexual. Estamos ainda em total solidariedade com outros grupos discriminados.

Não existem cidadãs e cidadãos sem corpo.
Não existem cidadãs e cidadãos sem relações afetivas.
Não há cidadania se não respeitarmos direito à escolha.
Não basta a cidadania no papel, porque não somos cidadãs e cidadãos de papel.
A cidadania é plena – ou não vale a pena.


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