quarta-feira, 19 de junho de 2013

Contributo: Associação de Estudantes do ISCTE-IUL

O meio académico caracteriza-se por ser um contexto de debate, produção e partilha de conhecimento, liberdade de escolha e consequente emancipação dos seus elementos, porém a democracia nunca é completa sem a total liberdade de escolha e a academia é também um espaço de reprodução das normas sociais vigentes na qual a discriminação sexual não é exceção, nomeadamente nas práticas alternativas ao modelo social padronizado.
 
Esta discriminação materializa-se nos comportamentos quotidianos, expressões como “bicha” ou “maricas” são comuns e utilizados como via para a penalização ou desvalorização. Este principio encontra-se tão estruturado no meio académico que dificilmente encontraremos um casal homossexual com a mesma liberdade que um casal heterossexual, existindo casos de estudantes que não assumem a sua orientação sexual no espaço da universidade com medo de represálias. Esta prática atinge o seu auge em momentos de confronto com outros espaços académicos, associados maioritariamente a cânticos e músicas pautadas pelo sexismo e pelo preconceito.

A Associação de Estudantes do ISCTE-IUL representa a totalidade dos seus estudantes, pautando a sua atividade pelos valores da igualdade, democracia e liberdade, considerando a diferença um dos princípios centrais da sua estrutura. Assumimos o compromisso de combater qualquer forma de discriminação ou penalização de estudantes em consequência de escolhas e orientações individuais e existimos para construir um espaço inclusivo e democrático em que a liberdade e o direito de escolha sejam valores centrais para a comunidade académica.

A Associação de Estudantes do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa está solidária com a Marcha LGBT de Lisboa, vinculando o seu apoio à mesma no próximo dia 22 de Junho.