No ano em que uma maioria no Parlamento mostrou que o preconceito era suficientemente forte para justificar um ataque aos direitos das nossas crianças e o desprezo pelas obrigações de Portugal com os Direitos Humanos, é fundamental marcharmos com ainda mais orgulho em recusarmos o preconceito.
E num ano em que o nosso Observatório pela primeira vez permitiu denunciar de forma sistemática a discriminação em função da orientação sexual e da identidade de género, os números que recolhemos mostram que é mesmo importante marcharmos contra todos os armários do silêncio e do silenciamento.
Vamos por isso celebrar o trabalho que já fizemos e reivindicar com ainda mais energia todo o trabalho que falta fazer pela igualdade para as pessoas LGBT:
- todos os direitos relativos à parentalidade em casais do mesmo sexo, da procriação medicamente assistida à adoção;
- todas as proteções na lei contra a discriminação em função da orientação sexual e da identidade de género (que tem que ser incluída na nossa Constituição e no Código do Trabalho, à semelhança do que já acontece no Código Penal) e contra a discriminação múltipla;
- o acesso efetivo e urgente das pessoas LGBT a todos os setores fundamentais com ênfase na segurança e justiça, educação, saúde e segurança social, o que implica a formação adequada de profissionais de todas estas áreas.
Venham marchar connosco e venham sentir que temos direito a afirmar a nossa orientação sexual e a nossa identidade de género sem hesitações. Venham connosco sentir a liberdade e sentir que a rua é nossa e que o espaço público é também nosso. Venham connosco partilhar o enorme orgulho em lutarmos pela igualdade e pela valorização da nossa diversidade.
Em conjunto temos cada vez mais força: junta-te a nós!